A arte de soprar vidro já era conhecida por povos que ocupavam parte da Ásia Menor na Antiguidade por volta do século I a.c.; foi apurada pelos artesãos venezianos no Renascimento, que posteriormente isolaram-se na famosa ilha de Murano por volta do século XVI, desenvolvendo e legando ao mundo a preciosidade característica de uma técnica esmerada. Técnica que desde aqueles tempos estimula artesãos do mundo inteiro a conhecê-la. No Brasil, a onda imigratória do começo do século XX, trouxe de modo definitivo as fábricas para o nosso país, e foi numa destas fábricas que o jovem José Flamini, ainda com 12 anos de idade, começou a trabalhar.
Quem visita o galpão da família Flamini hoje, tem a nítida impressão de estar diante de uma guilda medieval. Lá estão o mestre, o discípulo, o aprendiz - o pai e seus dois filhos homens - e um companheiro de mais de 40 anos, que juntos foram aprendiz um dia, nos inóspitos ambientes fabris. Estas 4 pessoas são responsáveis pelo desenvolvimento das peças que verão neste catálogo. Desenvolvidas artesanalmente, são produtos de refinado estudo estético, onde as possibilidades expressivas do vidro são experimentadas em formas e cores, de forma a criar uma variedade de peças que atendam aos mais variados gostos e estilos.
Um diferencial a notar é que atestado de qualidade das peças está no fazer artesanal, já que cada uma delas, devem atender ao rigoroso padrão estabelecido pelo mestre artesão no momento da fabricação das mesmas.
Convido a você, no passear por essas páginas, adentrar ao mundo desta família, que há mais de 40 anos está imersa na produção de vidro soprado no Brasil, oferecendo desde sempre a tradição dos valores éticos do artesão: qualidade, confiança e beleza.